sexta-feira, 10 de junho de 2011

Já passou, já passou, quem sabe outro dia...

Duas doses de vodka e tudo fica mais claro, ou não...
O que é que deu errado dessa vez?!
Prefiro seu desprezo à sua indiferença!!
É estranho te ver me olhando com olhos vazios, sendo que NUNCA tive o desprazer de ao menos vê-los rasos...
Aí dentro, bem aí onde só vc sabe, eu ao menos pus os pés??
Acho que não, mas caso tenha posto, como foi que eu saí assim sem nem perceber...
Aqui, onde só eu sei, vc entrou e apenas encostou, sequer quis sentar, por medo de perder a hora, ou o lugar em outro lugar...
Mesmo assim, eu te ofereci morada, e não era provisório...
De qualquer forma eu me sinto um lixo nesse momento, só nesse momento, pelo simples fato de ser tão inútil a ponto de não merecer nem sua confiança, algo que vc mesmo cobrou de mim, agora vejo quão distantes estamos...

Ou toca ou não toca!

Era quase imperceptível a linha que separava a atenção do desprezo.
Deveria haver ao menos um pouco de "bom senso" cercando o equilíbrio!
Tendo essa margem, eu não encostaria nas extremidades, nem da atenção e nem do desprezo.
Ahh bom senso, porque me faltas?
Se estivesse comigo, não mergulharia nessa dependência quase que narcótica...
Se estivesse comigo, não cogitaria a inexistência de alguém que por um segundo me fez viva...
Agora estou inerte.
Não vou me mover enquanto não entrar de vez em mim!
Quando isso acontecer, não será necessário lembrar, nem esquecer...
Afinal, o que aconteceu?
Absolutamente NADA!
Nada que já não tenha acontecido!
Enquanto isso eu vou caminhando na minha eterna corda bamba...
De qualquer forma, algo de bom, bem lá no fundo em mim ta guardado!
Antes de ser de qualquer pessoa, eu sou minha...


(Prazer eu sou uma garota cheia de defeitos)

You know that I'm no good...

Porque tentar resgatar uma pessoa que já não existe?!
Essa pessoa não me cabe mais...
Tamanho esforço pra construir uma muralha de concreto que me desse proteção, pra derrubá-la como se fosse de areia...
Por quê?
Por um breve momento tive a sensação de que eu só precisava me despir de todas as armas e escudos, então poderia lavar a cara e sair sem medo!
Mas foi tamanha a confiança que me enganei de novo...
Fui frágil, disse a verdade!
Me senti tão bem a princípio, um frio na barriga que há tempos não sentia, até minha insegurança estava confortável...
Infelismente, eu sou isso aqui ó!
Não sou mais quem eu era, pouco importa, esse é um lado que ninguém conhece!
Se um dia quiser se aproximar de mim, venha despretensioso, pois o que vai encontrar é só isso aqui...
Sem charme, sem brilho no olhar, sem nada a oferecer, eis que hoje sou só isso!
Minha bagagem eu joguei no lixo pois só reforça o quanto fui fraca...
O que de mim resta, é meu caráter e minha dignidade.
Aqui estou eu em carne viva, novamente subindo meus tijolos...

Equilíbrio

Os dias passam...
Qual é a graça de se apegar a um momento, sendo que daqui há algumas horas ele será só uma lembrança?!
O mais incrível é que eu não gosto tanto do "momento" quanto da lembrança...
Na lembrança eu posso ouvir o que não foi dito, sentir o beijo que não foi dado, tudo que ficou apenas na imaginação...
Pensando bem, isso é um tanto quanto frustrante!
Oscilo entre a sensação de estar indo muito devagar e a de estar indo muito depressa.
O equilíbrio é uma linha tênue entre a atenção e o desprezo. É uma parede azul que separa minha menina da minha mulher...
E onde ele está quando eu mais preciso?
Se eu soubesse não estaria imaginando outra resposta * pra essa pergunta.
Voltando a falar do meu equilíbrio.
Nem sei aonde ele vai, muito menos onde ele mora,
O que eu sei é que ele se esconde, dentro de sí,
Como se assim estivesse protegido de mim.
Se ao menos me desse um sinal, uma pista, só pra saber se está quente ou frio.
Mas não, é frio o que ouço porém quente o que sinto.
Talvez seja isso o que tanto me intimida e ao mesmo tempo me desafia.
É toda essa confusão e certeza que brigam e me fazem sentar na janela, inquieta e muda, feliz e triste, rindo por fora e chorando por dentro.
Mais um dia se foi...
Acho que achei meu equilíbrio, só não sei onde está...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Quando fui chuva - Maria Gadú

Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer
Acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver
Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Tudo bem - Lulu Santos

Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver
Hoje eu não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tanto bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no seu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem
Tudo bem...

*O que eu te dei saiba que foi de coração, não se preocupe, não quero nada em troca...